sábado, 28 de fevereiro de 2009

SÁBADO TEM JAM NO MAM

Desde 2002, salvador tem uma opção "outside" para quem quer curtir música de qualidade, fora do circuito axé music/pagode. É o projeto JAM NO MAM, sob comando do baterista Ivan Huol que trás uma bela sessão de Jazz nas noites de sábado. Acompanham ele na banda, o saxofonista André Becker, o guitarrista Paulo Mutti, o baixista Ivan Bastos e o pianista André Magalhães. O estilo alucinadamente frenético de improvisação dos músicos empolga e convida o público ao aplauso que a qualquer momento pode ouvir um clássico de Charlie "the bird" Parker, como Hot House, que vocês vêem aqui num vídeo de 1952 ao lado de seu parceiro Dizzy Gillespie.




Como se não bastasse a qualidade do repertório jazzístico, um outro chamariz é o ambiente, no museu de arte moderna no Solar do Unhão. Uma dica bacana é chegar um pouco mais cedo e visitar as exposições do museu (de entrada Franca),até começar o show às 18hs (entrada apenas R$4,00 e estudante ainda paga meia entrada), quando, além de tudo, o público terá uma vista privilegiada do pôr-do-sol pertinho do mar. Ótimo programa a dois, heim? Confesso ser um entusiasta do projeto. Lógico que eu não deixaria vocês sem uma provinha desse magnífico projeto, mas lembrem que esta é só uma prova. Não deixem de ir conferir os shows, nada substitui a sensação de estar lá. A gente se vê.



outras Informações nos sites http://www.jamnomam.com.br/


Agradecimentos especiais a Kaká Gaiarsa por me mostrar como postar vídeos do youtube direto para o blog. Valeu Kaká, se rolar algum processo tamos juntos ai.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A PRESENÇA DE ANDRÉA COSTALIMA

Senhoras e senhores, eu os presenteio com um vídeo de minha amiga, a cantora e compositora Andréa Costalima, baiana de nascença e natureza, hoje, radicada em São Paulo. Pois é, camaradas, isso é o que dá quando a indústria da música na Bahia não sabe aproveitar o talento da nossa terrinha. Vão ter que amargar a frustração de ver uma outra casa ter o prazer de edificar-la. Aqui, Andéa interpreta a música "SUA PRESENÇA" no show de lançamento do CD homônimo que conta ainda com a direção musical de Tércio Guimarães, seu companheiro na vida e nos palcos como ela mesma costuma declarar. Bonita, carismática e talentosa, Andréa provoca inveja em nós que não nascemos pássaros canoros. O CD faz um passeio pela MPB e trás composições de nomes como Jorge Zarath e Daniela Tourinho, além de suas próprias letras, incluindo uma música em homenagem a sua pequena e promissora rebenta Letícia.

O disco SUA PRESENÇA de Andréa Costalima pode ser encontrado na loja Pérola Negra no Canela e Mídia Louca no Rio Vermelho. Para conhecer mais sobre o trabalho de Andréa no site www.andreacostalima.com e pelo endereço no myspace www.myspace.com/andreacostalima. Mesmo a distância, estamos de olho no seu trabalho Andréa e desejamos vida longa e próspera a sua carreira!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM PENELLOPE FOGOSA, A BONECA INFLÁVEL

IVAN S. – Boa tarde, Penellope. Muito obrigado, pela oportunidade. Vai ser um prazer penetrar fundo no outro lado de um assunto ainda tabú na nossa sociedade.

PENELLOPE FOGOSA – Obrigada, mas com prazer é mas caro (risos)! A verdade é que eu cansei de ser tratada como objeto sexual e decidi botar a boca no trombone.

IS – Hum! Isto me excita! Para começar, Penellope, eu preciso saber se te incomoda a atual desvalorização das bonecas infláveis.

PF – Incomoda e muito! Muitos homens acham que, só por que eu tenho o selo “made in Taiwan” eu não valho nada. E saem por aí dizendo: “ah, essa bonequinha não vale nada”! E não é bem por aí, eu tenho sentimentos, eu sou boneca inflável mas sou gente. Uns até me chamam de cabeça de vento.

IS – Bem, de certa forma isto é verdade, não é? Você não é exatamente feita de carne e osso!

PF – Eu sei, mas isto não dá direito a ninguém me agredir, de me ofender. Toda criatura merece respeito, seja fabricada no Paraguai, na China ou Taiwan. Seja loira, morena ou oriental.

IS – E na sua opinião a que se deve esta desvalorização?

PF – É que está tudo mais fácil para esta mulecada, Ivan. Antigamente os adolecentes tinham poucas opções para se aliviar, quem não tinha um pai rico que levasse numa zona de baixo meretricio que, por sinal, era muito caro, tinha que comprar uma revista de sacanagem e passar horas e horas no banheiro ou juntar uns amigos para comprar uma boneca. Pra você ver, até isso usurparam da gente. Antigamente, boneca era a inflável, hoje quando se fala em boneca já se pensa logo em Travesti! Mas, por direito, o título de boneca é nosso, das bonecas infláveis.

IS – Pensando por esse lado, é verdade!

PF – Tá vendo! Hoje, se você, abre o jornal tem garota oferecendo seus serviços sexuais por vinte, trinta reais. Ou pior: do que tem de piriguete por aí fazendo de tudo, de graça mesmo... quem vai desembolsar cento e cinquenta reais para comprar uma inflável? E fazem de tudo que você imaginar. Já as bonecas, tem limitações físicas, por que a gente não pode oferecer o que uma mulher de verdade oferece.

ISOk, tem garota oferecendo seus atributos por trinta reais, mas tem também garotas cobrando quatrocentos, quinhentos reais o programa, assim como já encontrei bonecas infláveis de quatrocentos reais.

PF – Hum, andou pesquisando, heim? Está Interessado é (risos)? Tem mesmo garotas cobrando quatrocentos reais pelo programa, assim como tem boneca inflável, as mais modernas, também neste valor. Algumas bonecas como a Real Doll, custam até cinco mil dolares. Estas, tem um formato rigorosamente humano e possibilitam ao usuário fazer de tudo. Tudo mesmo. Mas pense bem: com quatrocentos reais livres, quem você procuraria? Uma garota que pode retribuir aos seus estímulos ou uma boneca que na maioria das vezes fica parada, inerte?

IS – Pelo jeito que você fala, deve ser contrária a legalização da prostituição.

PF – Nada disso! Excetuando a prostituição infantil que é um crime absurdo, eu acho que as garotas de programa tem que ter seus direitos garantidos e respeitados. Só penso que a concorrência deve ser mais sadia, mas justa.

IS – Para uma boneca Inflável você tem um vocabulário muito bom, você fala muito bem!

PF – Isso já é um preconceito seu. Por que uma boneca inflável não pode falar bem?

IS – Bem, é que...

PF – Tudo bem (risos) foi só para te deixar encabulado! Eu realmente não falo muito, mas é por que não me dão oportunidade. Este é outro lado negativo de ser uma boneca inflável. Depois que somos usadas ninguém conversa com a gente, ninguém pergunta como estamos, como foi nosso dia ou o que achamos da atual política capitalista mundial. Não querem saber se a gente gosta de artes ou de filosofia. Ninguém chama a gente para jantar em um lugar romântico. É uma vida muito solitária mesmo.

IS – Falamos anteriormente dos tempos áureos das bonecas inflaveis, mas como se deu seu crescimento?

PF – Então, quando criança eu era uma linda e inocente Barbie que foi violentada pelo sádico irmão mais velho de minha dona. Fui crescendo e me tornei uma Suzi, depois uma Stephanie até que me tornei a Penellope que você conheceu.

IS – Sério?

PF – Mentira, seu bobo (risos)! Eu já nasci boneca inflável. Apesar da etiqueta “ made in Taiwan” a matéria-prima veio da Zona Franca de Manaus, por isso eu tenho raizes em Taiwan e no Brasil. Depois de montada, fiquei alguns anos vazia, dentro de uma armário, até que um tarado me encontrou e me encheu – em todos os sentidos – depois me vendeu para uma sex shop, foi lá onde a gente se conheceu e você me propôs a entrevista.

IS – Só não precisava dizer onde a gente se conheceu. Vai pegar mal pra mim (risos). Mas esta foi uma entrevista muito bacana, pelo menos para mim. A partir de agora tenho uma idéia completamente diferente de vocês, bonecas Infláveis. Quer mandar mais alguma mensagem para nossos leitores?

PF – Bem, queria dizer para vocês respeitarem as bonecas, pois apesar de caladas, também temos sentimentos. Queria dizer também para você, Ivan, que estou sempre sua disposição para tudo que quiser, tudinho. É só pedir que faço.

ISÔpa, não me comprometa! Mas aproveitando o ensejo, já ti convido para integrar nossa equipe, topas?

PF – Claro, tudo que você quiser, bebê!

IS – Então, esta foi nossa entrevista com a Penellope Fogosa, a boneca Inflável e sensível que espero ter te encantado com sua inteligência tanto quanto me encantou. Até a próxima matéria.

ANTROPOFAGIA RACHELÍSTICA

Para quem conhece essa figuraça impar, sabe o quanto ela é especial. Linda, doce , meiga e uma pá de outros adjetivos que só quem conhece Rachel reconhece nela. Vai dizer que você também nunca cantou essa música?


Música: Gramofocas
Edição: Ivan S.
Fotos: Google imagens e arquivo pessoal.

PEQUENO DICIONÁRIO DE FUTEBOL

Bola Unidade fundamental e elementar do referido esporte. Habitualmente, em eventos oficiais, existe uma boa quantidade de bolas para garantir que a partida transcorra de forma salutar. No caso de partidas extra-oficiais (popularmente, pelada ou baba), é o dono da bola que vai determinar a equipe vencedora da partida. O objetivo do jogo é manter o domínio desta esfera confeccionada com couro sintético, tempo suficiente para garantir que ela cruze o grupou de umbrais (comumente chamados de traves) posicionados nas extremidades menores do retângulo (comumente chamado campo), sem que o goleiro, único desportista que é altorisado tocar a bola com as mãos, tome posse da mesma. Se não entender este verbete, meu chapa, é porque você não entende bulhufas de futebol.

Juíz – Oficialmente uma paritida de futebol conta com um trio de árbitros, contudo, a depende do tamanho do estádio este número pode crescer para 70 mil pagantes, ou melhor, torcedores. Com o nome científico filhu Daputa, o árbitro principal apresenta duas variedades: o masculino ou corno cegus(sub raça) ou popularmente Ladrão da CBF. Tem a função de correr o campo para dar vantagem ao time oposto ao seu, leitor. A variedade feminina (Gostosa-do-cartão-vermelho) tem a mesma função da masculina, contudo em menor duração, por que a gostosa-do-cartão-vermelho após alguns meses de profissão muda de habitat indo parar nas páginas da Playboy. Há ainda os árbitros laterais que tem a função de marcar impedimentos inexistentes contra o time que você torce.

TécnicoObjeto reciclável responsável pelo treinamento e escalação dos desportistas a realizarem a partida. Detentor de superpoderes, o técnico tem a capacidade de desaparecer completamente em caso de vitória do time, mesmo porque, em caso de vitória do time, a última pessoa que a torcida vai lembrar é o técnico. O tempo de vida útil do professor (termo inquerente atribuído ao técnico, considerando que ele não ensina porra nenhuma) depende da quantidade de derrotas, o que varia de cinco ou seis partidas seguidas, ou uma, caso o time em questão seja o último colocado do campeonato também conhecido como lanterninha.


Violência nos estádios – Momento de entretenimento da partida em que os jogadores interrompem suas atividades para treina artes marciais. A torcida aproveita o ensejo para praticar arremesso de projéteis.


Policiamento nos EstádiosVerbete não encontrado.


Torcida – Detentores da magia do futebol. Há vários tipos de torcedores, mas aqui trataremos de apenas um, o torcedor chato que por sua vez divide-se em Nostálgicos e Iludidos. Os Nostálgicos vivem presos ao passado de glória do seu time e geralmente usam o verbo no pretérito. Os Iludidos não tem passado para contar vantagem por isso só reclamam dos Nostálgicos. O embate ente os dois grupos é inevitável.

Apresentação

Pois é, vocês tanto insistiram que eu decidi atender ao seu pedido. Está aqui o Blog IDEIORAMA, uma revista de veriedades, um forum de discursão, um local de encontros de intelectuais, um hospício digital. IDEIORAMA é tudo isso e, ao mesmo tempo, não é nada em especial. E antes que alguém venha me perguntar, com aquela voz de songo-mongo: “ Ô Ivan, o quê que é IDEIORAMA?”. Respondo, menino-amarelo: Ideiorama é um neologismo que criei para expressar pensamento dinâmico, diversão, boas ideias e coisas afins. O quê? Você não sabe o que é neologismo? ( Ai, meu saquinho!) É uma palavra inventada, inseto! Bom, mas voltando ao assunto, não pensem que vou facilitar para vocês. Se só eu escrevesse as materias, este seria um blog muito comum e quem me conhece sabe que as palvras “comum” e “Ivan” não podem entrar na mesma frase, por isso vocês também vão poder escrever suas materias e mandar para eu postar, sabendo que vou usar um avançado e criterioso método de avaliação para escolher o que entra ou não, afinal quem criou esta budega fui eu. Em fim, vamos nos divertir resenhando, contando piadas, criticando, tratando da vida alheia e falar de coisas sérias também, pois nem só de merda deve falar o homem. É isso então, amigos, apresento-lhes IDEIORAMA.
Ivan S.

P.S. Aguardem. As primeiras matérias em breve estaram postadas.